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Rubão explica 'racha' no Corinthians, responde se apoia impeachment de Augusto Melo e desafia: 'Abro meu sigilo telefônico'

Rubens Gomes, o Rubão, Diretor de futebol do Corinthians durante partida contra o São Bernardo no Estádio Primeiro de Maio pela Copa Do Brasil 2024 Ettore Chiereguini/AGIF Ettore Chiereguini/AGIF

Demitido na quinta-feira (2) do cargo de diretor de futebol do Corinthians, Rubens Gomes falou pela primeira vez sobre o racha com o presidente Augusto Melo e os desentendimentos que o tiraram do clube.

Em entrevista ao programa "Mesa Redonda", da TV Gazeta, Rubão confirmou a informação publicada pela ESPN na sexta (3), de que os problemas com o mandatário corintiano começaram a partir de desconfianças sobre o contrato com a empresa VaideBet, patrocinadora máster do clube.

De acordo com o ex-diretor de futebol, Augusto Melo havia lhe dito que tinha fechado acordo com a VaideBet sem intermediários. No entanto, quando teve acesso ao contrato, Rubão se surpreendeu com a presença da 'Rede Social Media Design LTDA, que embolsou R$ 25,2 milhões.

"Fui perguntar: você falou que não tinha intermediário? Quem é essa empresa?. 'Você está desconfiado?', ele perguntou. Não gostou muito da indagação. Olhei para ele e falei: você me falou na minha casa que era sem intermediário e agora apareceu uma empresa. Você está sabendo disso? Até onde você sabe disso? Daí para frente...", disse Rubão.

Esse foi o primeiro dos desgastes que causaram a saída de Rubão. Outro, conforme apurou a ESPN, foi a contratação do lateral-direito Matheuzinho, costurada pelo ex-diretor, mas fechada apenas com a chegada do executivo Fabinho Soldado.

Visivelmente incomodado com a demissão, Rubão preferiu, no entanto, não dizer se apoiaria um possível impeachment de Augusto Melo pelo que conhece da atual gestão. Mas deixou no ar um desafio para o presidente.

"É uma situação muito delicada. Ele foi eleito pelo voto legítimo. Aqui ninguém está procurando fantasma ou pelo em ovo. Mas nós vamos fiscalizar. Cabe aos órgãos competentes fazerem o mesmo. Agora, se aparecer alguma coisa que está surreal, batom na cueca não tem jeito", declarou o ex-diretor e agora conselheiro.

"Mas não sou eu só. Vou fazer o que eu sempre fiz. Sou conselheiro vitalício, tenho 24 anos de conselho do Corinthians. Tenho uma imagem e ninguém vai arranhar a minha imagem. Abro meu sigilo telefônico, fiscal, contábil e imposto de renda para qualquer um. Quero ver se eles abrem o deles".

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