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Cinco anos depois, Lucas relembra noite mágica em que fez hat-trick histórico na Champions: 'Nem sabia como comemorar'

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'Uma explosão de sentimentos': Lucas Moura relembra hat-trick histórico em semifinal da Champions League (2:29)

Atuação de gala de Lucas Moura em Ajax x Tottenham comemora 5 anos (2:29)

Apesar de não jogar há mais de um mês, desde que se machucou logo na estreia do São Paulo na CONMEBOL Libertadores, Lucas Moura tem algo a comemorar nesta quarta-feira (8): o aniversário da melhor partida da sua carreira.

Há exatos cinco anos, em 2019, o meia-atacante "roubou a cena" no futebol europeu e encantou o mundo com uma atuação de gala que conduziu o Tottenham à única final de Uefa Nations League de sua história.

Tudo começou uns dias antes, em 30 de abril, quando os Spurs receberam o Ajax em Londres, pelo jogo de ida da semifinal da Liga dos Campeões. A derrota por 1 a 0 fugiu dos planos, mas fez Lucas começar a acreditar no "milagre".

"A gente perde de 1 a 0 em casa e eu lembro de ir ali na torcida e bater palmas, pedindo para ales animarem e acreditarem, porque a gente ia buscar a classificação no segundo jogo", contou o brasileiro, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.

Como ainda existia o critério do gol fora de casa, o time inglês viajou à Holanda, uma semana depois, podendo se classificar com uma vitória por um gol de diferença, desde que marcasse mais de uma vez. O começo do jogo, porém, foi desanimador.

Em apenas 35 minutos, o Ajax, que já tinha eliminado Juventus e Real Madrid nas fases anteriores, vencia por 2 a 0, gols marcados por De Ligt e Ziyech, dois de muitos jovens que despontaram daquele time.

Mesmo perdendo por 3 a 0 no placar agregado, o Tottenham não se deu por vencido. Pochettino, técnico da equipe na época, colocou na cabeça dos jogadores no intervalo que, se eles marcassem uma vez, estariam vivos no confronto. Dito e feito.

"A gente começa o segundo tempo já pressionando mais o Ajax, com uma postura diferente. Com cinco minutos do segundo tempo, faço o primeiro gol. Depois de mais cinco minutos, faço o segundo. Aí eu pensei: 'A gente fez o mais difícil, que era empatar. A gente tem mais 30 minutos para fazer só mais um gol'", relembrou o meia-atacante.

Só que, depois de dois gols quase seguidos, o drama se estendeu até os acréscimos. Ajax e Tottenham tiveram chance de marcar, mas pararam nos goleiros ou nas traves. Até que, aos 51 minutos do segundo tempo, o ápice daquela Champions League aconteceu.

Lucas Moura aproveitou uma bola na entrada da área, finalizou forte e superou Onana pela terceira vez na noite, marcando o gol do triunfo, da classificação e da sua própria imortalidade do Tottenham.

"É impressionante. Na hora que fiz o gol, parece que o estádio fica vazio. Aquele silêncio, somente a nossa torcida ali no cantinho pulando e celebrando. Foi uma explosão de sentimentos. Não sabia nem como comemorar. Lembro que eu pulei, depois deslizei. Não tem como não se emocionar", explicou o brasileiro.

Por decisão de Mauricio Pochettino, Lucas não começou a final contra Liverpool, em que o Tottenham perdeu por 2 a 0 e deixou escapar o inédito título. Mas desde aquela partida com o Ajax, a Champions ganhou outro simbolismo para o brasileiro, que não tem dúvida em apontar esta como a partida mais especial da carreira.

"Champions League é a competição mais desejada do mundo. Aquele jogo, como atuação individual, é o jogo mais mágico (da minha carreira). Toda semana eu recebo mensagens das redes sociais falando daquele jogo. Quando estou assistindo Champions League, eu lembro daquele jogo. Foi um grande marco na minha carreira, na minha vida", analisou o jogador do São Paulo.